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🎬 A Bela e a Fera: Perdida em um livro


"Bela (Emma Watson) é uma jovem sonhadora que mora no interior da França com seu pai. Quando ele é preso em um castelo habitado por uma terrível fera, ela toma seu lugar como prisioneira para salvá-lo. Lá, Bela descobre que todo o castelo está sob um feitiço, e que a Fera não é o monstro que aparenta ser. Indicado a dois Oscars, incluindo o de Melhor Figurino."


(Fonte: Sinopse/Telecine)


11/10/2018


Este filme A Bela e a Fera chegou muito próximo da adaptação do livro A Bela e a Fera: Perdida em um livro, também lançado em 2017. O que chama a atenção é o quanto os roteiristas Stephen Chbosky e Evan Spiliotopoulos ampliaram a história conhecida, não apenas explicando certas pontas soltas como trazendo material inédito. Este é um dos destaques do novo filme, mas não o único.

Veja resenha do livro aqui 📘


Um filme luxuoso!



O longa é extremamente luxuoso, graças ao requinte na direção de arte e figurinos. Se por um lado há o nítido esforço em recriar a ambientação do filme de 1991 - a primeira animação indicada ao Oscar de melhor filme -, por outro, o diretor Bill Condon entregou cenas inéditas, que exigiram uma boa dose de criatividade não apenas na criação, mas também para adequá-las à narrativa clássica sem que houvesse perdas ou um certo desnível - são 45 minutos de cenas extras em relação à animação, uma quantidade considerável grande.


Entre as novidades, há quatro canções inéditas e um esforço em explicar melhor não apenas a transformação da Fera (Dan Stevens, irreconhecível debaixo de tantos efeitos especiais) e a explicação do porquê de seus empregados também terem sido amaldiçoados. 

A conexão entre Bela e seu pai, Maurice (Kevin Kline), foi fortalecida na adaptação para as telonas, assim como a crueldade inicial da Fera, de certa forma, suavizada. Entretanto, é importante ressaltar que nada disto foi incluído em detrimento da história da animação. Praticamente tudo o que estava no livro aparece nesta nova versão, podemos perceber perfeitamente, nas cenas reprisando diálogos, por exemplo. O livro não é basicamente fiel a edição original, salvo algumas adaptações e, é claro que isso, facilitou muito na identificação junto ao público, que guarda com carinho na memória afetiva o primeiro filme (em desenho animado, Disney) e suas canções. 


A bela escalação do elenco, com a Emma Watson de Bela  foi uma escolha perfeita - combinou precisamente com a personagem pelo tipo físico e o simbolismo que automaticamente traz consigo, seja pela dedicação a frente de causas feministas ou pelo próprio passado cinematográfico na pele de Hermione Granger, da série Harry Potter.


A presença de Dan Stevens como Fera é quase anulada no longa. Em nenhum momento é possível ver o ator no papel ou esquecer que aquela mistura de homem e animal foi feita em computação gráfica, perdendo todo o impacto da sua transformação.


Destaques para a graciosidade da sequência em que Bela surge pela primeira vez, bastante parecida com a do filme de 1991; o elenco de apoio formado pelos objetos mágicos, extremamente carismáticos; o belíssimo design das roupas e para a inserção da divertida cena do sapateado na canção dedicada a Gaston, criada para a versão de A Bela e a Fera da Broadway. 


Essa  versão de A Bela e a Fera chega aos cinemas mais apegada às origens. Com 45 minutos a mais, o longa expande a trama e dá consistência aos seus personagens com uma escalação de elenco nota 10. Emma Watson cria uma Bela digna e relacionável, não sendo mera idealização. 

Entretanto, quem realmente brilha em cena são Luke Evans e Josh Gad, intérpretes de Gaston e LeFou. Enquanto Evans faz o retrato perfeito de Gaston - o seu vilão traz uma mistura de egocentrismo e canastrice que tão bem combinam com o personagem -. Coube a Gad uma certa revolução em cena, já que seu LeFou traz um delicioso e corajoso subtexto envolvendo o desejo reprimido por Gaston - a tão discutida versão gay de LeFou apenas escancara o que era enrustido em 1991.

Bill Condon traduziu grosseiramente os traços delicados da animação original, prejudicando os servos/objetos do castelo, que ganharam personalidade graças aos seus dubladores - Ewan McGregor (Lumière), Ian McKellen (Cogsworth ou Horloge) e Emma Thompson (Mrs. Potts ou Madame Samovar), entre outros.


Por mais que não atinja a excelência da animação, a versão live-action garante ao espectador uma bem-vinda dose de magia e encantamento. Em parte impulsionada pelas lindas canções da animação, pelo apuro na elaboração da ambientação

A magia da Disney não é feita de altos e baixos, mas beneficiada pelo toque de Pixar através de John Lasseter e dos remakes de seus clássicos animados. A versão live action de A Bela e a Fera, cujo lançamento original, em 1991, também fez parte de uma renascença criativa, um salto mágico e lucrativo nessa nova fase.


Você sabia que A Bela e a Fera tem 12 versões diferentes da história nas telas?



O amor que nasce além das aparências inspirou diversas adaptações para as telas, a última sendo o live action baseado na animação da Disney de 1991. Clique na imagem ao lado e conheça todas as versões de A Bela e a Fera, com um breve resumo da história de cada  uma delas. 

Você vai se surpreender!




FICHA TÉCNICA

Título Original Beauty And The Beast

Elenco Emma Watson, Dan Stevens, Luke Evans, Josh Gad, Kevin Kline, Ewan McGregor, Stanley Tucci, entre outros
Duração: 2h 05min
Direção: Bill Condon
Classificação: Não recomendado para menores de 10 anos


Assista ao trailler 📽





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