Livros e seus destinos inspiradores!
ITÁLIA

23/02/2018
“Ler é viajar sem sair do lugar”
A literatura italiana é muito rica, assim como a literatura portuguesa, a espanhola, a inglesa e francesa. Também não podemos deixar de mencionar a literatura latino-americana e a estadunidense. E merece uma atenção especial de quem procura se aprofundar mais nas tradições literárias latinas.
A literatura italiana é fantástica e tem muito a agregar para cada um de nós, brasileiros.
Nomes como Giuseppe Ungaretti, Alessandro Tommaso Manzoni, Giacomo Leopardi e Giuseppe Gioachino Belli são fundamentais para quem procura conhecer mais sobre a literatura da “velha bota”.
UM POUCO DA HISTÓRIA
Antes do século XIII, a língua literária da Itália era o latim que foi utilizado para redigir crônicas, poemas históricos, lendas heróicas, vidas dos santos, poemas religiosos e trabalhos didáticos e científicos. Também era utilizado o francês ou o provençal e, entre as distintas formas poéticas, a mais difundida era a canzone.
Os primeiros textos poéticos escritos em língua italiana foram os da Escola Siciliana, do século XIII, adepta dos cânones da poesia provençal. Pertenceram a esta escola Giacomo Pugliese e Rinaldo d'Aquino.
Quando, no século XIII, o centro da poesia mudou-se para Arezzo e Bolonha, destacaram-se os poetas Guittone d'Arezzo e Guido Guinizzelli, criador do Dolce Stil Nuovo, cultivado, também, por Guido Cavalcanti e Cino da Pistoia. Mas, sem dúvida, foi Dante, um dos escritores universais da literatura italiana, o poeta por excelência do Trecento, século XIV.
Por esta época, apareceu a poesia devocional, cultivada por São Francisco de Assis e pelo poeta franciscano Jacopone Todi.
Então, que tal conhecer um pouquinho mais da literatura italiana?
Os escritores italianos são, merecidamente, aclamados no mundo inteiro. Quem nunca ouviu falar de grandes autores clássicos como Dante Alighieri ou Giovanni Boccaccio?
No século XX, entre os principais escritores italianos, temos nomes como Umberto Eco, Italo Calvino, Alberto Moravia, Natalia Ginzburg, entre muitos outros.
Conheça alguns clássicos e novidades literárias que são um convite à viagem.

A Divina Comédia
Autor(a): Dante Alighieri
Se pensarmos nos 10 melhores clássicos da literatura italiana, o primeiro que vem à mente é, sem dúvida, a Divina Commedia. Dante Alighieri escreveu em 1304, contando sobre uma jornada que ele mesmo fez vivo no além, graças à intercessão de Beatrice e Virgílio. As etapas da jornada de Dante são: Inferno, Purgatório e Paraíso. Esta é uma jornada de 7 dias, em que Dante se encontra com várias figuras históricas e divinas.
Cem cantos de alta poesia: a Divina Commedia é a obra-prima da literatura italiana, a obra imortal do grande poeta Dante, que na Divina Commedia explica que ele queria mostrar aos homens que a única maneira de superar da condição de pecadores e obter a verdade e a salvação, é confiar no uso correto da razão.
Cem cantos de alta poesia: a Divina Commedia é a obra-prima da literatura italiana, a obra imortal do grande poeta Dante, que na Divina Commedia explica que ele queria mostrar aos homens que a única maneira de superar da condição de pecadores e obter a verdade e a salvação, é confiar no uso correto da razão.
Solidão Dos Números Primos
Autor(a): Paolo Giordano
Traduzida em mais de 20 países, a obra chega às livrarias brasileiras pela Rocco. Alice é uma menina que fora forçada pelo pai a ser uma brilhante atleta. Em um dia de treino, sofre uma queda que a deixará marcada para sempre. Mattia é um pequeno gênio da matemática. A caminho de uma festinha de aniversário, deixa a irmã gêmea, da qual se envergonha, sozinha num banco de praça e nunca mais a vê.
I Promessi Sposi
Autor(a): Alessandro Manzoni
Autor(a): Alessandro Manzoni
I Promessi Sposi é o romance mais famoso de Alessandro Manzoni, publicado em uma primeira versão em 1827 e depois revisado, especialmente no que diz respeito à linguagem. A versão final de I Promessi Sposi foi publicada entre 1840 e 1842.
O romance lida com a história de dois jovens apaixonados, Renzo e Lucia, que passam por uma série de eventos e vicissitudes, tentando coroar o sonho de amor entre eles. É narrado no período entre 1628 e 1630 na Lombardia, durante o domínio espanhol.
I Promessi Sposi é o primeiro exemplo de um romance histórico na literatura italiana. O que torna o romance único é a rigorosa pesquisa histórica presente nas páginas escritas por Manzoni.
O romance lida com a história de dois jovens apaixonados, Renzo e Lucia, que passam por uma série de eventos e vicissitudes, tentando coroar o sonho de amor entre eles. É narrado no período entre 1628 e 1630 na Lombardia, durante o domínio espanhol.
I Promessi Sposi é o primeiro exemplo de um romance histórico na literatura italiana. O que torna o romance único é a rigorosa pesquisa histórica presente nas páginas escritas por Manzoni.
O Príncipe
Autor(a): Niccolò Machiavelli
Autor(a): Niccolò Machiavelli
Inquietante, mas extremamente verdadeiro, O Principe (Il Principe - original) é uma obra-prima do pensamento e da literatura, um tratado sobre teoria política com prosa convincente. As intuições revolucionárias de Machiavelli, de atualidade, destacam a independência das categorias do útil e do prático em relação às éticas e religiosas. Sobre esta premissa, está baseado o retrato do Principe, um indivíduo virtuoso, criador do Estado, representado como uma construção artística completa: um homem novo que, com seu esforço criativo individualista, realiza a síntese de virtude e fortuna. Um profeta armado capaz de controlar com razão o projeto e a práxis política, que é uma antítese à força devastadora do acaso.
Ultimate lettere di lacopo Ortis
Autor(a): Ugo Foscolo
Autor(a): Ugo Foscolo
Romance de caráter biográfico (gênero muito em voga na segunda metade do século XVIII), composto por cartas que Foscolo imagina escritas por um jovem suicida nos últimos dias de sua vida, a um amigo, Lorenzo Alderani. Ele os publica acrescentando alguns elos narrativos e descreve, no final, a morte trágica do protagonista.
É também um romance autobiográfico devido ao fato de que Iacopo, o personagem principal, frequentemente reproduz a essência e o caráter de Foscolo: na verdade ele é ardente, apaixonado, fácil de irritar e impulsivo, mas ele também é doce, atento, sensível e capaz de compaixão.
P.S: Não há edição traduzida para o português do Brasil.
É também um romance autobiográfico devido ao fato de que Iacopo, o personagem principal, frequentemente reproduz a essência e o caráter de Foscolo: na verdade ele é ardente, apaixonado, fácil de irritar e impulsivo, mas ele também é doce, atento, sensível e capaz de compaixão.
P.S: Não há edição traduzida para o português do Brasil.

A Amiga Genial
Autor(a): Elena Ferrante
Autor(a): Elena Ferrante
A Série Napolitana, formada por quatro romances, conta a história de duas amigas ao longo de suas vidas. O primeiro, A amiga genial, é narrado pela personagem Elena Greco e cobre da infância aos 16 anos. As meninas se conhecem em uma vizinhança pobre de Nápoles, na década de 1950. Elena, a menina mais inteligente da turma, tem sua vida transformada quando a família do sapateiro Cerullo chega ao bairro e Raffaella, uma criança magra, mal comportada e selvagem, se torna o centro das atenções. Essa menina, tão diferente de Elena, exerce uma atração irresistível sobre ela.
O Tribunal Das Almas
Autor(a): Donato Carrisi
Autor(a): Donato Carrisi
Conciliando um enredo repleto de reviravoltas e personagens complexos. Carrisi aborda os mais obscuros recônditos da psique humana. Enquanto uma chuva desaba sobre Roma. dois homens se reúnem num antigo café na piazza Navona. O sigiloso encontro tem como assunto principal o desaparecimento de Lara. uma jovem estudante. O caso poderia ser como muitos outros. a não ser por um pequeno detalhe: a porta do apartamento dela estava trancada por dentro.
Mr Gwyn
Autor(a): Alessandro Baricco
Autor(a): Alessandro Baricco
Alessandro Baricco é um dos escritores fundamentais da atual literatura italiana. Em Mr. Gwyn, ele costura, com delicadeza e humor, uma narrativa que aos poucos ganha contornos de fábula: Jasper Gwyn, escritor de sucesso, decide abandonar a literatura à procura de uma questão mais essencial, que perpassa as histórias e a vida de cada um de nós. O quê, exatamente? Nem ele sabe ao certo, mas a necessidade de algo mais profundo o impele ao desconhecido. Aos poucos, deixando-se levar pelos sentimentos e auxiliado por companheiros cativantes, ele mergulha - e mergulha o leitor - numa busca pelo poder transformador da palavra. Para descobrir, assim como nós, como cada pessoa é composta de histórias; de grandes histórias. Mr. Gwyn é um livro que nos convida a refletir sobre a criação, o tempo, a amizade, o ver e o deixar-se ver. É também uma jornada ao núcleo fundamental da literatura, e uma amostra de como ela transforma cada um de nós.
A Pirâmide Do Café
Autor(a): Nicola Lecca
Aço
Autor(a): Silvia Avallone
Autor(a): Nicola Lecca
UM CONTO DE FADAS MODERNO ONDE AS CRISES NÃO REPRESENTAM UM FIM, MAS UM NOVO COMEÇO.
Aos 18 anos, o jovem Imi sai de um orfanato húngaro e realiza seu sonho de morar em Londres, onde logo consegue um emprego numa importante cafeteria. Ele acredita que o local é um universo extraordinário, capaz de lhe oferecer ótimas oportunidades. Além disso, as muitas e minuciosas regras que orientam a vida dentro da Proper Coffee, reunidas no Manual do Café, parecem escritas por mãos iluminadas. Contudo, com o tempo ele perceberá que o mundo não é tão simples assim. A pirâmide do café, de maneira delicada e emocionante, mostra um jovem ingênuo de cidade pequena que vai entendendo as complicações da vida em uma metrópole. Nicola Lecca desenvolve uma crítica à sociedade e ao mercado de trabalho, onde aquele que pensa diferente e que busca novas soluções é quase sempre alvo de outros funcionários. Uma elegante fábula contemporânea capas de mergulhar nos paradoxos, na solidão e nas hipocrisias da sociedade de consumo.
Seus livros foram publicados em mais de dez países da Europa. O autor estreia no Brasil com A pirâmide do café, eleito um dos dez melhores romances de 2013 pela revista italiana Panorama. O autor recebeu o Prêmio Hemingway de Literatura aos 27 anos. Além disso, entre outros, foi vencedor do prêmio da Sociedade Lucchese de Leitores, do Prix du Premier Roman, do Settembrini, do Joyce Lussu e do Basilicata.
Aos 18 anos, o jovem Imi sai de um orfanato húngaro e realiza seu sonho de morar em Londres, onde logo consegue um emprego numa importante cafeteria. Ele acredita que o local é um universo extraordinário, capaz de lhe oferecer ótimas oportunidades. Além disso, as muitas e minuciosas regras que orientam a vida dentro da Proper Coffee, reunidas no Manual do Café, parecem escritas por mãos iluminadas. Contudo, com o tempo ele perceberá que o mundo não é tão simples assim. A pirâmide do café, de maneira delicada e emocionante, mostra um jovem ingênuo de cidade pequena que vai entendendo as complicações da vida em uma metrópole. Nicola Lecca desenvolve uma crítica à sociedade e ao mercado de trabalho, onde aquele que pensa diferente e que busca novas soluções é quase sempre alvo de outros funcionários. Uma elegante fábula contemporânea capas de mergulhar nos paradoxos, na solidão e nas hipocrisias da sociedade de consumo.
Seus livros foram publicados em mais de dez países da Europa. O autor estreia no Brasil com A pirâmide do café, eleito um dos dez melhores romances de 2013 pela revista italiana Panorama. O autor recebeu o Prêmio Hemingway de Literatura aos 27 anos. Além disso, entre outros, foi vencedor do prêmio da Sociedade Lucchese de Leitores, do Prix du Premier Roman, do Settembrini, do Joyce Lussu e do Basilicata.

Aço
Autor(a): Silvia Avallone
Crítica declarada da política "ultraliberal" de Silvio Berlusconi, a autora procura mostrar neste romance a falta de perspectiva dos jovens da classe operária na Itália atual. Seu livro narra a descoberta do amor e do sexo por duas adolescentes, em meio à violência de uma pequena cidade industrial italiana à beira-mar. Não é fácil ter catorze anos nos conjuntos habitacionais da via Stalingrado, em Piombino. Não importa se seu pai é um dos inúmeros desempregados ou se trabalha duro na siderúrgica que garante a sobrevivência de quase toda a cidade. O máximo que se pode desejar ali é passar alguns momentos de distração à noite, patinando num rinque ao lado de amigos, ou encontrar seu nome rabiscado num banco do colégio por um admirador desconhecido.
As personagens Anna e Francesca sabem muito bem disso. São amigas inseparáveis que se conheceram entre os prédios da via Stalingrado e nunca mais se separaram. Mas, com a chegada da adolescência, é preciso fazer uma escolha: fugir do assédio e das provocações ou usar a beleza para ser alguém. Elas decidem se lançar nesse ambiente feroz, sem prever as consequências de seus atos. Gradualmente, suas poucas certezas se despedaçam e a amizade ameaça desmoronar.
O livro Aço foi escrito entre maio e setembro de 2001, ano em que Berlusconi retornou ao poder. Na época, como retrata o romance, a existência em Piombino era sórdida. As mulheres tinham as pernas inchadas de varizes, ancas que balançavam sob panos que serviam para enxugar o suor de maridos desleixados enquanto ofereciam as próprias filhas para sexo ao vivo na TV. Nesse mundo de homens brutos, incapazes, mentirosos e drogados, em meio a uma sociedade minada pelo sonho consumista e pelos reality-shows, as duas jovens heroínas de Avallone, cujo reino é a praia da cidade, aparecem como uma ponta de esperança.
As personagens Anna e Francesca sabem muito bem disso. São amigas inseparáveis que se conheceram entre os prédios da via Stalingrado e nunca mais se separaram. Mas, com a chegada da adolescência, é preciso fazer uma escolha: fugir do assédio e das provocações ou usar a beleza para ser alguém. Elas decidem se lançar nesse ambiente feroz, sem prever as consequências de seus atos. Gradualmente, suas poucas certezas se despedaçam e a amizade ameaça desmoronar.
O livro Aço foi escrito entre maio e setembro de 2001, ano em que Berlusconi retornou ao poder. Na época, como retrata o romance, a existência em Piombino era sórdida. As mulheres tinham as pernas inchadas de varizes, ancas que balançavam sob panos que serviam para enxugar o suor de maridos desleixados enquanto ofereciam as próprias filhas para sexo ao vivo na TV. Nesse mundo de homens brutos, incapazes, mentirosos e drogados, em meio a uma sociedade minada pelo sonho consumista e pelos reality-shows, as duas jovens heroínas de Avallone, cujo reino é a praia da cidade, aparecem como uma ponta de esperança.