
05/09/2018
Primeiro, ler pra mim tem que ser prazeroso. Não gosto de ler por obrigação.
Na escola, minhas amigas, quase todas, me perguntavam o resumo dos livros que éramos obrigados a ler nas aulas de Literatura. O que para elas era um martírio, para mim era uma leitura suave. No entanto, abomino esse método de ensino que as escolas nos impõe em obrigar os alunos a lerem aquilo que não querem ou não gostam.
Eu tenho um livro sempre comigo, e quando a oportunidade aparece traz consigo a vontade de ler. Já me acostumei quando estou com um livro em mãos, alguém me fazer essas duas perguntas:
1. Qual o nome do livro?
2. Qual o estilo?
Percebi que logo após minha resposta a outra pessoa se auto-respondia. Achava engraçado, ou melhor, ainda acho engraçado😁. E foi a partir das respostas, que comecei a pensar sobre o meu estilo de leitura favorito. Eu descobri que não me apego em um determinado estilo, ou assunto, eu gosto de ler e ponto.
A leitura literária sempre foi presente em minha vida, adoro desbravar o universo dos livros e absorver tudo aquilo que eles podem me passar. Leitura tem de ser por gosto. Por afinidade. Por imaginação. Tem de ser por algo que me interesse, por algo mágico.
Me sinto vazia sem um livro!
Acho que as pessoas deveriam ser incentivadas, quando crianças e adolescentes a lerem de verdade. Não só aprender a juntar letras e formar palavras, mas juntar frases e montar ideias. Montar emoções através dos contos. Escrever tem me ensinado coisas simples mas que fazem muita diferença para mim, como leitora. A cada dia eu aprendo a ler melhor.

♪♫♩ Alguns às vezes me tiram o sono
Mas não me tiram o sonho
Por isso eu amo e declamo, por isso eu canto e componho
Não sou o dono do mundo, mas sou um filho do dono
Do verdadeiro Patrão, do verdadeiro Patrono
- E aí, Gabriel, desistiu do cachê?
- Cancelei um trabalho aí pra não me aborrecer
- Explica melhor, o que foi que você fez?
- Tá, tudo bem, eu explico pra vocês
Tudo começou na aula de português
Eu tinha uns cinco anos, ou talvez uns seis
Comecei a escrever, aprendi a ortografia
Depois as redações, para a nossa alegria
Professora dava tema-livre, eu demorava
Pra escolher um tema, mas depois eu viajava
E nessas viagens os personagens surgiam
Pensavam, sentiam, choravam, sorriam
Aí a minha tia-avó, veja só você
Me deu de aniversário uma máquina de escrever
Eu me senti um baita jornalista, tchê
Que nem a minha mãe, que trabalhava na TV
Depois, já aos quinze, mas com muita timidez
Fiquei muito sem graça com o que a professora fez
Ela pegou meu texto e leu pra turma inteira ouvir
Até fiquei feliz, mas com vontade de fugir
Então eu descobri que já nasci com esse problema
Eu gosto de escrever, eu gosto de escrever, crer, ver
Ver, crer, eu gosto de escrever e escrevo até até poema
Meu Pai, eu confesso, eu faço prosa e verso ...
(Trecho da música Linhas Tortas, de Gabriel O Pensador). Na minha opinião um baita de um escritor 😍.
Eu leio desde os quatro anos. Eu não me lembro, lógico! Mas me contaram. Minha lembrança de leitura vem a partir dos 6 ou 7 anos, eu lembro que adorava acompanhar meu tio na leitura do jornal de domingo. Meu tio, professor de Língua Portuguesa, sempre incentivou a leitura aos filhos e sobrinhos e nunca nos negou um livro, nenhum que fosse e sempre fazia a gente imaginar enquanto lia.
Eu gosto de ler: porque imagino enquanto leio. Os personagens tomam forma, os cenários existem, posso visualizar a aventura claramente. Isso me conquista!
Eu tenho um filho de 17 anos, que diferente de mim, prefere os livros de Matemática, Química e Física 😜. Só pra você ter uma ideia do buraco negro que nos separa em relação aos livros, ele passou no vestibular em duas universidades: uma para o cursar Engenharia Mecânica e na outra Ciências Aeronáuticas. Mas eu sou escritora, amo literatura, como explicar? Não foi por falta de incentivo. Cada pessoa tem um gosto diferente por leitura. Eu respeito as diferenças!
Eu entendo quem não gosta de ler. Eu acredito que a literatura funcionou para mim porque tenho uma imaginação visual, enquanto outras pessoas são estimuladas de diversas outras formas, como som e imagem. Descobri que gosto do gênero infanto juvenil, então me aceito e me deixo divertir por Nárnia e suas trilogias, Percy Jackson e os Olimpanos, Harry Potter, sou fã de carteirinha!
Adoro ler quadrinhos e livros de ficção científica. Também gosto de romance 💖. Li Crepúsculo e não odiei! O drama e terror não me agradam muito. Tenho uma quedinha por biografias e mais recentemente me rendi aos livros de fantasia. As vezes, o meu filho me acompanha nessa aventura 😏.
Certa vez, em uma página sobre Literatura, no Facebook, uma jovem xingou muito dizendo que Machado de Assis era lixo. É lógico que a gente sabe que Machado de Assis é um gênio! Mas, entendi a crítica.
Eu li Macunaíma e Dom Casmurro, por opção. E li coisas forçadas como Os Lusíadas, do famoso poeta Luiz Vaz de Camões, só para detestar. Também me debrucei sobre as páginas de Memórias Póstumas de Brás Cubas e adorei, enquanto a maior parte dos meus colegas de sala detestaram. Eu entendo o por quê muitas vezes não gostamos de um livro de outra época, é que a gente não consegue entender a narrativa dos autores, como falei: Outra época, outra linguagem. Claro que, na sala de aula, é tarefa do professor explicar o que está acontecendo. O que eu aprendi nesses anos todos dedicados aos livros? Ler forçado é a pior coisa que podemos fazer para um leitor, principalmente quando se é jovem.
Eu sou escritora. Não sei ao certo se sou escritora porque gosto de ler ou se gosto de ler por ser uma escritora. O que sei, é que mesmo se eu não escrevesse, o prazer de imaginar histórias acontecendo sempre me faria falta. É por isso que eu gosto de ler: porque se tem algum lugar onde os heróis podem salvar o mundo, esse lugar é nas folhas dos livros.
P.S.: Este texto foi publicado na minha FANPAGE Maria Menezes Escritora, em 05/02/2019.
Não sou o dono do mundo, mas sou um filho do dono
Do verdadeiro Patrão, do verdadeiro Patrono
- E aí, Gabriel, desistiu do cachê?
- Cancelei um trabalho aí pra não me aborrecer
- Explica melhor, o que foi que você fez?
- Tá, tudo bem, eu explico pra vocês
Tudo começou na aula de português
Eu tinha uns cinco anos, ou talvez uns seis
Comecei a escrever, aprendi a ortografia
Depois as redações, para a nossa alegria
Professora dava tema-livre, eu demorava
Pra escolher um tema, mas depois eu viajava
E nessas viagens os personagens surgiam
Pensavam, sentiam, choravam, sorriam
Aí a minha tia-avó, veja só você
Me deu de aniversário uma máquina de escrever
Eu me senti um baita jornalista, tchê
Que nem a minha mãe, que trabalhava na TV
Depois, já aos quinze, mas com muita timidez
Fiquei muito sem graça com o que a professora fez
Ela pegou meu texto e leu pra turma inteira ouvir
Até fiquei feliz, mas com vontade de fugir
Então eu descobri que já nasci com esse problema
Eu gosto de escrever, eu gosto de escrever, crer, ver
Ver, crer, eu gosto de escrever e escrevo até até poema
Meu Pai, eu confesso, eu faço prosa e verso ...
(Trecho da música Linhas Tortas, de Gabriel O Pensador). Na minha opinião um baita de um escritor 😍.
Eu leio desde os quatro anos. Eu não me lembro, lógico! Mas me contaram. Minha lembrança de leitura vem a partir dos 6 ou 7 anos, eu lembro que adorava acompanhar meu tio na leitura do jornal de domingo. Meu tio, professor de Língua Portuguesa, sempre incentivou a leitura aos filhos e sobrinhos e nunca nos negou um livro, nenhum que fosse e sempre fazia a gente imaginar enquanto lia.
Eu gosto de ler: porque imagino enquanto leio. Os personagens tomam forma, os cenários existem, posso visualizar a aventura claramente. Isso me conquista!
Eu tenho um filho de 17 anos, que diferente de mim, prefere os livros de Matemática, Química e Física 😜. Só pra você ter uma ideia do buraco negro que nos separa em relação aos livros, ele passou no vestibular em duas universidades: uma para o cursar Engenharia Mecânica e na outra Ciências Aeronáuticas. Mas eu sou escritora, amo literatura, como explicar? Não foi por falta de incentivo. Cada pessoa tem um gosto diferente por leitura. Eu respeito as diferenças!

Eu entendo quem não gosta de ler. Eu acredito que a literatura funcionou para mim porque tenho uma imaginação visual, enquanto outras pessoas são estimuladas de diversas outras formas, como som e imagem. Descobri que gosto do gênero infanto juvenil, então me aceito e me deixo divertir por Nárnia e suas trilogias, Percy Jackson e os Olimpanos, Harry Potter, sou fã de carteirinha!
Adoro ler quadrinhos e livros de ficção científica. Também gosto de romance 💖. Li Crepúsculo e não odiei! O drama e terror não me agradam muito. Tenho uma quedinha por biografias e mais recentemente me rendi aos livros de fantasia. As vezes, o meu filho me acompanha nessa aventura 😏.
Certa vez, em uma página sobre Literatura, no Facebook, uma jovem xingou muito dizendo que Machado de Assis era lixo. É lógico que a gente sabe que Machado de Assis é um gênio! Mas, entendi a crítica.
Eu li Macunaíma e Dom Casmurro, por opção. E li coisas forçadas como Os Lusíadas, do famoso poeta Luiz Vaz de Camões, só para detestar. Também me debrucei sobre as páginas de Memórias Póstumas de Brás Cubas e adorei, enquanto a maior parte dos meus colegas de sala detestaram. Eu entendo o por quê muitas vezes não gostamos de um livro de outra época, é que a gente não consegue entender a narrativa dos autores, como falei: Outra época, outra linguagem. Claro que, na sala de aula, é tarefa do professor explicar o que está acontecendo. O que eu aprendi nesses anos todos dedicados aos livros? Ler forçado é a pior coisa que podemos fazer para um leitor, principalmente quando se é jovem.
Eu sou escritora. Não sei ao certo se sou escritora porque gosto de ler ou se gosto de ler por ser uma escritora. O que sei, é que mesmo se eu não escrevesse, o prazer de imaginar histórias acontecendo sempre me faria falta. É por isso que eu gosto de ler: porque se tem algum lugar onde os heróis podem salvar o mundo, esse lugar é nas folhas dos livros.
P.S.: Este texto foi publicado na minha FANPAGE Maria Menezes Escritora, em 05/02/2019.