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Destino Portugal


Livros e seus destinos inspiradores!


PORTUGAL


12/01/2018


“Ler é viajar sem sair do lugar”


A literatura portuguesa é dividida em três eras: Medieval, Clássica e Moderna. O período medieval é marcado pelo surgimento dessa literatura, com a obra Cantiga da Ribeirinha, de Paio Soares de Taveirós (século XII), além das cantigas trovadorescas, de textos de cunho didático ou religioso, das novelas de cavalaria e das obras de autores humanistas, como Sá de Miranda (1481-1558) e Gil Vicente (1465-1536).

O período clássico compreende as obras de autores dos seguintes estilos de época: Classicismo, Barroco e Arcadismo. Já o período moderno engloba o Romantismo, o Realismo-Naturalismo, o Simbolismo, o Modernismo e a literatura contemporânea portuguesa. Além disso, a partir da colonização do Brasil, a influência da literatura portuguesa na literatura brasileira tornou-se evidente.

Explorar o universo da literatura portuguesa é uma boa maneira de conhecermos um pouco mais sobre as raízes da nossa cultura e da nossa língua. Difícil é saber por onde começar em um campo tão vasto. Mas, para ter um gostinho dos principais autores de Portugal.

Os Lusíadas de Luís de Camões continua a ser a obra mais importante da literatura nacional. Em seguida, o Livro do Desassossego de Fernando Pessoa (heterónimo Bernardo Soares) é aquela que os especialistas mais apreciam. 


Conheça alguns clássicos e novidades literárias que são um convite à viagem.



A literatura portuguesa é riquíssima! Os livros e as obras de autores lusófonos conquistaram o mundo todo, ao longo de diversos séculos, e estão disponíveis em vários idiomas, não apenas no português-PT.


10 clássicos da literatura chilena  que você não pode deixar de ler:

  1. OS LUSÍADAS, de Luís Vaz de Camões
  2. A SIBILA, de Agustina Bessa-Luís
  3. OS BICHOS, de Miguel Torga
  4. O ANO DA MORTE DE RICARDO REIS, de José Saramago
  5. OS CUS DE JUDAS, de António Lobo Antunes 
  6. OBRA POÉTICA, de  Sophia de Mello Breyner Andresen
  7. SINAIS DE FOGO, de Jorge de Sena
  8. HÚMUS, de Raúl Brandão
  9. APARIÇÃO, de Vergílio Ferreira
  10. LIVRO DO DESASSOSSEGO, de Fernando Pessoa

Veja também:


Sermões

Autor(a): Padre Antonio Vieira



António Vieira foi um influente religioso, filósofo, escritor e orador português da Companhia de Jesus. Crítico de algumas orientações da Igreja da época como a Inquisição, foi um dos primeiros defensores dos direitos humanos da história, protegendo os indígenas, os judeus, cristãos-novos e a favor da abolição da escravatura. Chegou a ser preso por dois anos devido a suas posturas liberais.



Os Passos Em Volta

Autor(a): Herbert Helder 



Considerado pela crítica um dos poetas mais originais da língua portuguesa, Herbert Helder costumava recusar prêmios e homenagens, assim como não conceder entrevistas. "Os Passos em Volta", publicado em 1963, está entre o conto, o romance e o discurso autobiográfico.

O autor é um dos pioneiros do surrealismo em Portugal e a seguinte citação deste livro substitui muito bem qualquer entrevista: “Não queremos este inferno. Deem-nos um pequeno paraíso humano.” 



Os Maias

Autor(a): Eça de Queirós 



Considerado o maior escritor em prosa da língua portuguesa, criou o elo entre tradição e modernidade através de uma visão crítica da sociedade de seu tempo.

Segundo o crítico Massaud Moisés, em suas obras "Eça coloca-se sob a bandeira da República e da Revolução e passa a escrever em coerência com as idéias aceitas, obras de combate às instituições vigentes (Monarquia, Igreja e Burguesia) e de ação e reforma social".




A Criação Do Mundo


Autor(a):  Miguel Torga



Miguel Torga, pseudônimo de Adolfo Correia da Rocha, foi o primeiro escritor a receber o Prêmio Camões em 1989 pelo conjunto de sua obra que compreende romances, poesia, peças de teatro e ensaios. "A Criação do Mundo" é de caráter memorialista e "narra as principais lembranças de sua vida, como a infância em Trás-os-Montes, as paisagens do campo, sua primeira viagem pela Europa dominada pelo fascismo, o encontro em Paris com exilados políticos portugueses, as rebeliões contra o Estado Novo, a guerra civil espanhola, e até a sua experiência nas cadeias de Salazar."




Diário Da Tua Ausência

Autor(a): Margarida Rebelo Pinto



Diário Da Tua Ausência, de Margarida Rebelo Pinto, representa tudo o que ainda existe de verdadeiro, puro e límpido no ser humano. Segundo a autora, “amar ainda é possível, mesmo à distancia, mesmo que não haja o contato físico, a mistura de cheiros”. Esta é história de amor entre uma mulher e um estrangeiro, que, numa situação improvável, se encontram somente para terem de se afastar.

A narrativa é a carta comovente e, acima de tudo, sincera da falta que um amor pode causar no outro. Um desabafo escrito por uma mulher abandonada que não se resigna e que nunca vai desistir de amar, pois a distância nunca será mais forte do que o verdadeiro amor. O livro traz uma mulher perdidamente apaixonada, uma mulher que sente e respira esse amor em cada poro do seu corpo.

Diferentemente da maior parte dos romances, em Diário da tua ausência, a protagonista-narradora é altamente realista, o que a aproxima do leitor. Romântica, feminina, contida, lutadora e sempre com fé no amor. Um livro perfeito para que as mulheres continuem a amar e, aos homens, para que acreditem cada vez mais no amor delas. 


Uma carta de amor apaixonada e comovente que ensina os homens a acreditar no amor das mulheres.” (Margarida Rebelo Pinto).



Sonetos Completos

Autor(a): Florbela Espanca



Florbela d'Alma da Conceição Espanca foi sem dúvida uma mulher muito à frente do seu tempo, tendo escrito poesia, contos, um diário e cartas. Morreu com apenas trinta e seis anos e deixou poemas, principalmente sonetos, que se tornaram clássicos, influenciando outros grandes poetas como Fernando Pessoa. Sonetos Completos, livro publicado postumamente em 1934, reúne poemas lançados originalmente em: Livro de Mágoas (1919), Livro de Sóror Saudade (1923) e Charneca em Flor (1931).




Prometo Falhar 


Autor(a): Pedro Chagas Freitas


Prometo Falhar é um livro que fala de amor. O amor dos amantes, o amor dos amigos, o amor da mãe pelo filho, do filho pela mãe, pelo pai, o amor que abala, que toca, que arrebata, que emociona, que descobre e encobre, que fere e cura, que prende e liberta. Em crônicas desconcertantes, Pedro convida o leitor a revisitar suas próprias impressões sobre os relacionamentos humanos. 

A linguagem fluida, livre, sem amarras, faz querer ler tudo de uma vez e depois ligar para o autor para terminar a conversa . Medo, frustração, inveja, ciúme e todos os sentimentos que nos ensinaram a sufocar são expostos sem pudores. Mergulhe de cabeça numa obra que mostra que é possível sair ileso de tudo, menos do amor. Você escolhe a ordem em que vai ler as crônicas do jovem escritor que tem 21 obras publicadas e é sucesso de vendas em Portugal.



No Teu Deserto

Autor(a): Miguel Sousa Tavares 



Um jornalista relembra uma travessia do deserto do Saara feita com uma garota quinze anos mais jovem. Durante quarenta dias, o narrador e Cláudia atravessaram as paisagens áridas do continente africano e viveram uma experiência marcante, que vai se projetar por muito tempo na vida de ambos. A viagem aconteceu em 1987 e o narrador se põe a contar a história vinte anos depois. Ele é racional e impetuoso. Ela, impulsiva e imatura, mas também espontânea e encantadora. Eles partem de Lisboa num jipe abastecido de comida enlatada, alguma bebida alcoólica, uma bússola e um mapa militar dos anos 1950. Os demais integrantes da excursão (mais uma dezena de jipes) vão pelo Marrocos, mas o casal entra no continente africano pela Argélia, pois dependem de uma licença de filmagem expedida em Argel.

O jornalista capta imagens que usará em reportagens para revistas e uma televisão portuguesas. A princípio marcada pela distância, a relação entre os dois aventureiros se intensifica ao longo da viagem na luta contra o tempo, no enfrentamento da burocracia e da corrupção argelina, na confusão das cidades africanas e no dia a dia de acampamento e improvisos. A intimidade avança para um sentimento amoroso, que nasce da cumplicidade naquela situação adversa: solidão, viagem, silêncio, paisagens inóspitas. Vinte anos depois o narrador descobre casualmente que a moça morreu e decide contar a história desse amor para, de alguma forma, reter a felicidade desse encontro na memória.

O romance é um acerto de contas emocionado desse jornalista-narrador para com a memória de Cláudia, de quem ele guarda poucas fotografias, mas numerosas e intensas lembranças. 




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