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Cleópatra - Uma biografia




07/01/2018


Uma das mulheres mais famosas que já existiram, Cleópatra governou o Egito durante 22 anos e até hoje permanece no imaginário de todos como símbolo de poder e beleza. 

Eu tenho uma confissão a fazer: Sou fã de carteirinha dela 😍.

É certo que o cinema e as artes contribuíram para a propagação do mito, afinal, a ideia mais próxima que temos de sua aparência é uma moeda cunhada com sua imagem e alguns dos fatos e datas históricas permanecem nebulosos. Nada disso, porém, faz com que essa personagem seja menos fascinante. 

A autora desmistifica a vida de Cleópatra neste livro

Stacy Schiff apresenta um retrato surpreendente não apenas de uma das figuras mais marcantes da história, mas de toda uma época, que no auge do poder, controlava praticamente toda a costa oriental do Mediterrâneo, o último grande reino de qualquer soberano egípcio e, durante um período, deteve o destino do mundo ocidental nas mãos. Eu li que a autora consultou inúmeras fontes.



Uma das mulheres mais famosas que já existiram, Cleópatra governou o Egito durante 22 anos e até hoje permanece no imaginário de todos como símbolo de poder e beleza. É certo que o cinema e as artes contribuíram para a propagação do mito, afinal, a ideia mais próxima que temos de sua aparência é uma moeda cunhada com sua imagem e alguns dos fatos e datas históricas permanecem nebulosos. Nada disso, porém, fez com que essa personagem seja menos fascinante.

Stacy Schiff consultou inúmeras fontes e apresenta um retrato surpreendente não apenas de uma das figuras mais marcantes da história, mas de toda uma época. No auge do poder, Cleópatra controlava praticamente toda a costa oriental do Mediterrâneo, o último grande reino de qualquer soberano egípcio e, durante um período, deteve o destino do mundo ocidental nas mãos. Cresceu em meio a um luxo incomparável e herdou um reino em declínio. Teve um filho com um homem casado, três com outro. Morreu aos 39 anos, uma geração antes do nascimento de Cristo. Um retrato de Cleópatra muito mais humano e ainda mais surpreendente do que as divas do cinema foram capazes de interpretar.


O livro relata que Cleópatra cresceu em meio a um luxo incomparável e herdou um reino em declínio. Teve um filho com um homem casado, três com outro. Morreu aos 39 anos, uma geração antes do nascimento de Cristo.  Um retrato de Cleópatra muito mais humano e ainda mais surpreendente do que as divas do cinema foram capazes de interpretar.

É claro que essa biografia tem muitos detalhes históricos, um deles digamos curioso é que Cleópatra - a rainha mais famosa do Egito - não era egípcia, mas macedônia 😏. E em casa, falava grego, e, das outras oito línguas que dominava, a que pior articulava era justamente a de seus 7 milhões de súditos, o egípcio. Cleópatra também não era fisicamente bonita 😨.

 Assim como seus familiares, na dinastia dos Ptolomeus, tinha nariz adunco, olhos grandes e testa alta. Mas era rica, inteligente e dona de uma oratória cunhada desde muito cedo pelos mestres mais brilhantes de Alexandria. Para muitos, isso a transformava numa verdadeira devoradora de homens.

O livro é envolvente porque traz muitas descobertas no decorrer das 320 páginas, histórias que não foram contadas nos livros de História ou foram deturpadas para endeusá-la. Uma descoberta bem interessante foi o seu encontro com o imperador Júlio César. Na primeira vez em que viu Júlio César, Cleópatra vestia uma simples túnica de linho sem cores, adornos ou mangas. Provavelmente estava descabeladíssima. A rainha havia conseguido entrar nos aposentos do imperador romano com a ajuda de um conhecido que a carregara para dentro do palácio real em um saco de viagem como os usados para transportar alimentos. Obviamente ela não usava nenhuma das joias que foram inseridas na descrição desse primeiro encontro por algumas fontes históricas.

Cleópatra também não procurou Júlio César com o objetivo único de seduzi-lo, como o mundo insiste em acreditar. Tinha 21 anos de idade quando conversou com ele pela primeira vez e buscava desesperadamente que aquele homem de 52 lhe garantisse a sobrevivência. Seu Egito havia sido exuberante, mas enfrentava um preocupante declínio.

Assim que foi lançado no início de novembro de 2010, "Cleópatra - Uma biografia", esteve por 11 semanas na lista dos mais vendidos do "New York Times" e chegou ao Brasil pela editora Zahar.

Em uma entrevista  sobre o livro Stacy  elencou as três razões pelas quais resolveu se debruçar sobre Cleópatra. 

Eu concordo com a autora.

🐍

Primeiro, porque pouquíssimas mulheres se igualam a ela até hoje, seja na História real ou no universo dos mitos, e, mesmo assim, a figura de Cleópatra ainda é incompreendida.

Segundo, porque a autoridade feminina continua sendo um assunto que incomoda muita gente, assim como incomodava no ano 1 d.C.

Terceiro, porque os coadjuvantes da história de Cleópatra, Júlio César, Marco Antonio e Herodes, não são nada menos do que magníficos.

🐍

O livro é muito bem escrito e você consegue perceber a total integra de Stacy para escrever essa obra. Stacy confessou que haviam muitas lacunas a respeito desse mito.
A fim de diminuir uma confessada angústia intelectual, Stacy embarcou para o Egito e se fixou em Alexandria. Também esteve no deserto que fica a leste da cidade e que serviu de acampamento para Cleópatra nos dias em que César desembarcou na região. Foram cinco anos de trabalho sem descanso.


Cleópatra, uma mulher que sabe o que quer e corre atrás de seus objetivos.



FICHA TÉCNICA:

Título: Cleópatra: Uma biografia
Autor: Stacy schiff
Editora: Zahar (5 de setembro de 2006)




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